quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Concurso "Who's Next 2.0"













CONCURSO "WHO'S NEXT 2.0"
O projecto foi elaborado para responder a um concurso de arquitectura, promovido por um site Americano denominado “Free Green”, dedicado à comercialização de protótipos e projectos de casas.
O desafio era elaborar uma pequena casa de férias para um casal de professores universitários, com dois filhos já adultos, uma espécie de retiro modernista. Pretendia-se uma construção económica, ecológica, de imagem moderna mas sem excessos formais, que se integrasse de forma harmoniosa na paisagem de um bosque, frente a um lago. Contudo, a reduzida área e a pretendida economia não deveriam ser óbice à realização do sonho de uma vida dos clientes: A casa deveria assumir um conceito forte e deixar transparecer o que, numa tradução livre, se pode resumir como “luxo acessível”.
A proposta apresentada a concurso é uma reinterpretação modernista da tradicional “Cabana de Madeira”, mantendo as comodidades essenciais da vida moderna e ensaiando uma aproximação ecologicamente sensata à construção, baseada em processos passivos e sustentáveis e em senso comum.
Os conceitos fundamentais explorados na proposta são a interacção entre a natureza, o espaço construído e os seus habitantes, a relação interior-exterior e a forma como a luz e a passagem do tempo afectam os materiais e revestimentos da casa.
Os vãos e portadas exteriores recolhem completamente para dentro das paredes, tornando o bosque e o lago extensões do interior. Também a compartimentação interna é resolvida com amplos painéis de correr dentro das paredes, aumentando a fluidez dos espaços e permitindo ajustar a compartimentação às necessidades de cada momento.
Adoptaram-se diversas soluções para minimizar o impacte da casa na envolvente e reduzir a sua pegada ecológica, como elevar do solo a laje em que assentam os elementos pré-fabricados que a compõem, opção que permite ainda a protecção em caso de cheia.
Foram propostos materiais resistentes e de baixa manutenção, mas em que seja visível a patine e o desgaste dos anos. Este acusar da passagem do tempo é o contraponto poético e indispensável ao minimalismo e aparente simplicidade do desenho da casa.

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