sábado, 29 de janeiro de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Remodelação de Apartamento na Portela
Remodelação total de apartamento originalmente resultante da junção de duas fracções, num edifício dos anos 70.
Simplificação da planta, com a abertura de hall, sala e cozinha, entre si, quase à maneira de um loft. A compartimentação é possível através de planos de correr. Um trabalho minucioso, ao nível de tectos e de armários, permitiu integrar e retirar protagonismo às múltiplas vigas resultantes da aglutinação dos dois apartamentos.
O pavimento em madeira de riga unifica os espaços.
Os temas são a luz, a fluidez, o conforto.
Aparthotel em Olhão
Projecto realizado na Plural, lda, na qualidade de Director do Departamento de Arquitectura.
Destina-se a um quarteirão na 1ª linha de frente de ria, entre a cidade antiga e a expansão para Poente.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Concurso "Who's Next 2.0"
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CONCURSO "WHO'S NEXT 2.0"
O projecto foi elaborado para responder a um concurso de arquitectura, promovido por um site Americano denominado “Free Green”, dedicado à comercialização de protótipos e projectos de casas.
O desafio era elaborar uma pequena casa de férias para um casal de professores universitários, com dois filhos já adultos, uma espécie de retiro modernista. Pretendia-se uma construção económica, ecológica, de imagem moderna mas sem excessos formais, que se integrasse de forma harmoniosa na paisagem de um bosque, frente a um lago. Contudo, a reduzida área e a pretendida economia não deveriam ser óbice à realização do sonho de uma vida dos clientes: A casa deveria assumir um conceito forte e deixar transparecer o que, numa tradução livre, se pode resumir como “luxo acessível”.
A proposta apresentada a concurso é uma reinterpretação modernista da tradicional “Cabana de Madeira”, mantendo as comodidades essenciais da vida moderna e ensaiando uma aproximação ecologicamente sensata à construção, baseada em processos passivos e sustentáveis e em senso comum.
Os conceitos fundamentais explorados na proposta são a interacção entre a natureza, o espaço construído e os seus habitantes, a relação interior-exterior e a forma como a luz e a passagem do tempo afectam os materiais e revestimentos da casa.
Os vãos e portadas exteriores recolhem completamente para dentro das paredes, tornando o bosque e o lago extensões do interior. Também a compartimentação interna é resolvida com amplos painéis de correr dentro das paredes, aumentando a fluidez dos espaços e permitindo ajustar a compartimentação às necessidades de cada momento.
Adoptaram-se diversas soluções para minimizar o impacte da casa na envolvente e reduzir a sua pegada ecológica, como elevar do solo a laje em que assentam os elementos pré-fabricados que a compõem, opção que permite ainda a protecção em caso de cheia.
Foram propostos materiais resistentes e de baixa manutenção, mas em que seja visível a patine e o desgaste dos anos. Este acusar da passagem do tempo é o contraponto poético e indispensável ao minimalismo e aparente simplicidade do desenho da casa.
Adega Vale de Algares, Cartaxo
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Entrada e loja da adega. foto: FG + SG |
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Entrada e loja da adega. foto: FG + SG |
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Nova cave de estágio. foto: FG + SG |
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A cave. foto: FG + SG |
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Cave vista do nível superior. foto: FG + SG |
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A entrada formal na cave. foto: FG + SG |
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A sala de provas VIP. foto: FG + SG |
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Reabilitação das antigas instalações. foto: FG + SG |
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Vista geral da cave. foto: HBG |
Vista geral. foto: HBG |
Projecto desenvolvido em co-autoria com Manuel Assunção e Helena Gaspar, arquitectos.
A adega ocupa antigas e obsoletas instalações vinícolas. O projecto contemplou a completa remodelação do edificado à superfície e a criação de uma cave, para estágio e armazenamento dos vinhos produzidos.
Através de uma pirâmide invertida suspensa e como se de um rito iniciático se tratasse, o visitante é conduzido à sua descoberta por um percurso descendente e intrincado, onde frestas e desencontros entre volumes deixam antever trechos, sem que nunca o todo seja perceptível. A complexidade espacial aumenta com a profundidade da descida e a nave central surpreende pela escala inusitada, contrastando com o carácter intimista do percurso até aí realizado.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Casa de Artes e Cultura do Tejo, Vila Velha de Rodão
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O edifício com o Tejo ao fundo. foto: Plural |
Fachada Principal. foto: PGS |
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Fachada principal ao anoitecer. foto: PGS |
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Entrada. foto: PGS |
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Praça de Entrada e auditório exterior. foto: PGS |
Topo Sul. foto: Plural |
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Topo Sul. foto: PGS |
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Fachada Poente. foto: PGS |
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Deck do centro de exposições/backstage. foto: PGS |
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Auditório. foto: PGS |
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Auditório. foto: PGS |
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Vista da esplanada. foto: PGS |
Trabalho desenvolvido na Plural, lda, na qualidade de Director do Departamento de Arquitectura.
O complexo desenvolve-se em dois corpos diferentes e separados, articulados por uma praça onde se localizam os respectivos acessos principais, destinados à Casa de Artes e Cultura do Tejo e à Biblioteca Municipal. A solução proposta foi baseada numa filosofia de preservação dos sobreiros existentes no local, que abraçam o complexo de uma forma quase natural, sendo passível de ajustes futuros.
A intervenção tenta tirar partido da configuração do terreno, adaptando-se à sua topografia, de forma a reduzir o impacte da construção. A biblioteca, implantada no local de maior declive, é disposta em terraços, acompanhando o terreno. A Casa de Artes e Cultura do Tejo dispõe-se de uma forma mais plana, mas também num local de transição de cota em elevações naturais do terreno. Para minimizar o impacte provocado pela diferença de cota entre a praça de entrada e o arruamento a Poente, está proposto um anfiteatro exterior, podendo ser usado para eventos ao ar livre inseridos numa paisagem natural.
Este é o local de encontro do complexo no exterior, que se caracteriza pela sua forma concêntrica e acolhedora, onde se localizam as entradas de ambos os edifícios. A praça contemplará um maciço arbóreo constituído por um conjunto de árvores de pequeno porte, bem como um Cipreste, que pontuará a entrada, junto ao anfiteatro. Os pavimentos são em lajes de pedra de granito amaciada intercaladas com linhas de cubos no mesmo material.
Uma pala projectada une o centro cultural à biblioteca, servindo não só de elemento de ligação, mas também de protecção, permitindo uma passagem confortável dos utentes entre os dois edifícios, através de “decks” de madeira sobre um espelho de água.
Os edifícios dispõem de grandes aberturas para as direcções mais apetecíveis, como as vistas a Sul, para o Tejo, estando mais fechados para as vistas menos interessantes, nomeadamente a unidade industrial de grande impacte, a Nascente.
A água é elemento importante na composição arquitectónica de todo o complexo, circulando, viva, entre os dois edifícios, desde o topo de uma parede no átrio de entrada da Casa de Artes, passando em espelho de água pela praça e acabando num tanque à cota mais baixa do terreno, junto à Biblioteca, depois de descer em cascata por uma sucessão de tanques.
Na composição da “Casa de Artes e Cultura do Tejo”, procurou-se encerrar lateralmente o edifício, mantendo apenas a fenestração necessária à iluminação dos compartimentos periféricos, enfatizando a relação visual com o rio Tejo através de grandes envidraçados virados a Sul. Esta intenção é particularmente sentida em três espaços do edifício:
- No auditório, cujo palco termina numa vasta parede de vidro, permitindo aos utentes de um evento que o Tejo seja o pano de fundo;
- Nas salas polivalentes, que possuem também uma grande abertura a Sul, para futuras zonas ajardinadas;
- Na cafetaria, onde se procurou uma relação semelhante, que termina numa agradável esplanada elevada, de onde se tem uma magnífica panorâmica sobre a vila e o rio.
O Tejo é assim o motivo principal do edifício, que lhe presta homenagem e tributo.
A Biblioteca Municipal de Vila Velha de Rodão, projectada simultaneamente, foi construída alguns anos mais tarde.
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